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Adoção global de carros elétricos não reduz emissões de CO2, aponta estudo

Estudo da University of Auckland destaca que, apesar do crescimento das vendas de veículos elétricos em todo o mundo, as emissões globais de CO2 continuam em alta; especialistas defendem políticas de mobilidade sustentável além da eletrificação.

Apesar do crescimento acelerado das vendas de veículos elétricos (EVs) em todo o mundo, um novo estudo da University of Auckland, na Nova Zelândia, revela que essa tendência não tem resultado na redução significativa das emissões globais de dióxido de carbono (CO2).

A pesquisa, publicada neste mês, aponta que políticas públicas focadas exclusivamente na substituição de carros movidos a combustíveis fósseis por modelos elétricos podem não ser suficientes para enfrentar a emergência climática.

Segundo os autores do estudo, a eletrificação da frota automóvel, embora importante, não resolve as causas estruturais do excesso de emissões no setor de transportes.

A análise destaca que, enquanto os carros elétricos eliminam a emissão de poluentes durante o uso, a produção de energia para recarregá-los e os processos industriais necessários para fabricar baterias continuam fortemente dependentes de combustíveis fósseis em muitas partes do mundo.

Além disso, o estudo chama atenção para o fato de que o simples aumento no número de veículos — elétricos ou não — pode gerar mais tráfego, ampliar o consumo de energia e incentivar estilos de vida baseados em transporte individual motorizado, o que mantém elevada a pegada de carbono global.

Os investigadores defendem que os governos precisam adotar uma abordagem mais ampla para descarbonizar o transporte, combinando políticas de incentivo ao transporte público, planejamento urbano focado em mobilidade sustentável, melhorias na infraestrutura para bicicletas e pedestres, e redução da dependência de automóveis.

“A eletrificação da frota é apenas uma parte da solução. Se queremos reduzir emissões de forma consistente, precisamos também transformar nossos sistemas de transporte e a forma como planejamos nossas cidades”, afirma o professor David Hall, coautor do estudo.

O levantamento conclui que, para que os veículos elétricos contribuam de maneira efetiva no combate ao aquecimento global, é fundamental que a matriz energética mundial seja descarbonizada — ou seja, baseada em fontes renováveis como solar, eólica e hidrelétrica. Caso contrário, a transição dos motores a combustão para os elétricos apenas desloca o problema das ruas para as usinas de energia.

O estudo reforça ainda que políticas públicas devem priorizar a redução do uso de carros em geral, independentemente do tipo de motorização, e focar em soluções que tornem as cidades menos dependentes do transporte individual.

Estudo completo aqui In EcoDebate

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