A associação ambientalista Deep Sea Conservation Coalition (DSCC) apelou hoje aos governos mundiais que se unam a favor de uma moratória contra a ordem executiva do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destinada à exploração mineira dos fundos marinhos.
Em causa está uma decisão tomada na quinta-feira pelo Governo dos Estados que visa acelerar a exploração mineira dos fundos marinhos em águas norte-americanas e internacionais, designadamente na chamada zona de Clarion-Clipperton, no Pacífico oriental.
Para a DSCC (Coligação para a Conservação do Mar Profundo, em português), sediada em Amesterdão (Países Baixos), os governos mundiais “devem atuar agora” para proteger o futuro do oceano, “apoiando uma governança oceânica equitativa, baseada na ciência e responsável, em vez da exploração industrial corporativa”.
A associação ambientalista alerta, segundo a agência espanhola EFE, que a ordem executiva “é muito controversa politicamente” e implica “passar por cima” da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês), o organismo criado pelas Nações Unidas para “proteger as profundezas marinhas como património comum da humanidade” e que estuda a viabilidade da exploração mineira em águas profundas.
A atividade tem “grandes riscos ambientais, climáticos e económicos, tudo a troco de benefícios muito incertos”, sustenta a diretora executiva da DSCC, Sian Owen.
LUSA