Até ao momento, esta anuncia o cumprimento de 60% da meta a que se propôs em relação aos biopesticidas
Comprometida com a promoção de uma agricultura moderna, e cada vez mais resiliente, a indústria da ciência para a proteção das plantas tem vindo a aumentar o investimento em novas tecnologias, soluções e inovações que tornam a produção de alimentos cada vez mais segura e sustentável. Ciente do papel vital que a tecnologia de ponta assume na promoção de uma agricultura sustentável, a indústria acaba de anunciar o cumprimento em 60% das suas metas de investimento em biopesticidas até 2030 e 38% da meta definida para as tecnologias agrícolas digitais e de precisão.
O objetivo é que até 2030, o investimento possa chegar aos 4 mil milhões de euros, a esta meta junta-se um investimento total de 10 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento de tecnologias agrícolas digitais e de precisão (DPA)
Investimentos que já estão a transformar o cenário agrícola, permitindo práticas mais precisas, eficientes e sustentáveis, mesmo num ambiente onde a regulamentação insiste em criar entraves que põem em causa o potencial destes avanços. «À medida que surgem novas tecnologias, é essencial que os quadros regulamentares acompanhem estes avanços, lutando para acompanhar as complexidades da agricultura moderna e evitando atrasos que retardam a chegada de novas soluções, absolutamente cruciais para o cumprimento das metas globais de segurança alimentar e ambiental», refere João Cardoso, Diretor Executivo da CropLife Portugal.
Segundo os mais recentes dados apurados, entre 2015 e 2023, os membros associados da indústria a nível europeu (CropLife Europe) investiram coletivamente € 3,8 mil milhões em agricultura digital, atingindo 38% da meta e simultaneamente, foram investidos 2,4 mil milhões de euros em biopesticidas, atingindo-se 60% do objetivo proposto até 2030.
Contudo, a indústria reforça o apelo: para que consigamos tirar verdadeiro partido do poder destas inovações, é urgente que as entidades reguladoras se adaptem de forma mais rápida. Só uma abordagem regulamentar dinâmica, que evolua em paralelo com os avanços tecnológicos, garantirá que podemos continuar a impulsionar o progresso na agricultura sustentável.