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Metade das trutas coralinas capturadas na Grande Barreira de Coral provém de reservas marinhas

Um novo estudo sobre a Grande Barreira de Coral revelou que a rede de reservas marinhas de proibição de captura fornece quase metade das capturas da pesca da truta coralina na região

A investigação, liderada pelo professor Michael Bode da QUT School of MathematicalSciences e publicada na revista Science Advances, revelou que, apesar de cobrir apenas 30% do habitat do recife, estas áreas protegidas são responsáveis por 47% das capturas de truta coral nas zonas de pesca e contribuem com 55% da reprodução da espécie.

A Grande Barreira de Coral é protegida por uma rede de reservas marinhas destinadas a conservar a sua biodiversidade. Estas reservas protegem habitats críticos para muitas espécies, incluindo a truta coral, o peixe comercial mais valioso do recife.

“A rede de reservas marinhas na Grande Barreira de Coral não é apenas um instrumento de conservação; é um contributo vital para a sustentabilidade da pesca local e dos empregos locais”, afirmou Bode.

“Ao proteger as populações de peixes dentro destas zonas de proibição de captura, não só salvaguardamos a biodiversidade como também garantimos que haverá uma nova geração de peixes nos recifes que estão abertos à pesca. Este é um exemplo claro de como as áreas protegidas podem também beneficiar as comunidades locais e a economia, bem como a biodiversidade única dos recifes”.

O estudo, conduzido por uma equipa que inclui investigadores da Universidade James Cook e do Instituto Australiano de Ciências Marinhas, utilizou décadas de estudos sobre peixes, modelos oceanográficos avançados e cartografia de alta resolução dos recifes.

É importante salientar que os resultados mostram que, apesar de as reservas marinhas reduzirem a área disponível para a pesca comercial, a rede tem um efeito positivo e amplificador no rendimento da pesca. Em muitos recifes, a densidade de peixes nas reservas é duas a três vezes superior à dos recifes pescados, o que resulta num maior rendimento reprodutivo e numa pesca mais sustentável.

O estudo também destaca o facto de todos os recifes do sistema beneficiarem das reservas marinhas, através de um maior fornecimento de larvas.

No entanto, em toda a Grande Barreira de Coral, cerca de 95% dos recifes recebem pelo menos 30% das suas larvas das reservas e 93% dos recifes pescados beneficiam de pelo menos 30% das suas capturas provenientes de áreas protegidas.

“Este estudo reforça a ideia de que as reservas marinhas bem geridas podem ser vantajosas tanto para a conservação como para o sector das pescas”, afirmou Bode.

“Os resultados fornecem uma orientação clara para futuros esforços de gestão marinha, mostrando que estas reservas contribuem significativamente para o rendimento sustentável da pesca, bem como para a resiliência dos ecossistemas dos recifes de coral.”

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