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O tamanho da presa conta na competição entre lobos, ursos e pumas

Uma nova investigação da Universidade do Minnesota altera os conhecimentos de longa data sobre a forma como os lobos, os ursos e os pumas – três dos carnívoros mais emblemáticos do Parque Nacional de Yellowstone – competem pelas presas.

Durante anos, os cientistas teorizaram que, quando as presas se tornam escassas, os predadores tornam-se mais agressivos uns com os outros. É uma teoria simples: menos recursos e mais competição sugerem que os predadores dominantes – como os lobos e os ursos – roubarão comida aos predadores subordinados – como os pumas.

Novas descobertas, publicadas na revista Communications Biology, revelam que o tamanho das presas desempenha um papel surpreendentemente fundamental nos padrões de competição entre predadores.

O estudo baseia-se em mais de duas décadas de dados recolhidos por uma equipa de ecologistas que estuda a predação por pumas no Parque Nacional de Yellowstone. O estudo concluiu que:

1.Como a disponibilidade de presas maiores, como os alces, diminuiu nas últimas décadas, os pumas de Yellowstone começaram a procurar animais mais pequenos, como os veados. Os animais mais pequenos são mais fáceis de caçar, e os pumas podem matá-los e consumi-los mais rapidamente, atraindo menos atenção de predadores mais dominantes.


2.Quando os pumas caçam presas mais pequenas, é menos provável que os lobos e os ursos lhes roubem a presa.

3.À medida que os pumas passaram a caçar animais mais pequenos, diminuiu a frequência com que os lobos e os ursos os expulsavam das suas matanças.


“Este trabalho mostra realmente as formas complexas como os grandes carnívoros ganham a vida”, disse o autor principal Jack Rabe, um estudante de pós-graduação na Faculdade de Ciências da Alimentação, Agricultura e Recursos Naturais.

“Descobrimos que a mudança de comportamento dos pumas é provavelmente um fator chave para a estabilidade do ecossistema. Ao optarem por presas mais pequenas, os pumas reduzem o tempo que passam a caçar para compensar as mortes perdidas por outros carnívoros. Isto permite-lhes manter uma taxa de mortalidade relativamente estável, o que, por sua vez, contribui para o equilíbrio geral da dinâmica predador-presa no parque”.

Estes resultados sublinham a importância de manter uma gama diversificada de espécies de presas em ecossistemas com grandes carnívoros. No Parque Nacional de Yellowstone, a abundância de diferentes tipos de presas – desde bisontes a alces e veados-mula – ajuda a manter a concorrência sob controlo e permite a coexistência de diferentes espécies de predadores. Em locais onde as populações de presas estão a diminuir ou a tornar-se mais homogéneas, o equilíbrio entre os predadores pode tornar-se mais frágil, levando a um aumento da competição e a potenciais perturbações no ecossistema.

As organizações parceiras neste projeto incluem o Yellowstone Wolf, Cougar, and Elk Project.

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