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Oceano pode ser a “chave” para o futuro – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento

O presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Nuno Morais Sarmento, disse hoje que Portugal pode encontrar no Oceano “a chave para o seu futuro” e que o tema será central na fundação ao longo dos próximos anos.

Falando na abertura das comemorações dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (Flad), em Lisboa, e antes da conferência intitulada “Breathing with the Ocean (Respirar com o Oceano), afirmou que o Oceano esteve na génese da formação da Flad e que este é o “vetor central do próximo mandato ao ser um elemento diferenciador”.

Para Nuno Morais Sarmento, o Oceano traz valor acrescentado para Portugal “no seu posicionamento na Europa e no mundo e faz-nos maior do que o nosso território, tem 1,7 milhões de metros quadrados, 18 vezes o território de Portugal”.

Considerou ainda que este projeto será o desafio de uma década e que deve envolver discussão pública, da academia, do parlamento, mas também ser transversal a todas as áreas desafiando a que se inverta a lógica: “não é levar a agenda do mar à governação é ao contrario”.

“Portugal pode encontrar no Oceano a chave para o seu futuro, porque traz valor acrescentado e pode tornar o país competitivo”, defendeu, referindo que a Flad tem “robustez e autonomia que lhe permite olhar a este desafio”.

Tendo como tema central das celebrações o Oceano, Nuno Morais Sarmento disse que o objetivo é também ir ao encontro das comunidades nos Estados Unidos da América e dos Açores.

O primeiro orador da conferência foi o administrador executivo da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, que começou por lembrar o pioneirismo da Flad ao abordar o tema desde a Expo 98 organizando debates e conferências.

Tiago Pitta e Cunha afirmou para a plateia onde estavam entre outros a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, e o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que o Oceano “atravessa uma crise profunda”.

“Continuamos no fundo, [continuamos] a olhar [para o Oceano] como algo infinito e indestrutível e poluímos, a poluição de origem terrestre continua a usar o Oceano como terminal de dejetos da humanidade”, alertou.

O especialista referiu ainda a poluição que vem da agricultura, dos pesticidas e que através dos rios acaba no Oceano.

A sobrepesca, que a partir dos anos 70 do século passado se agravou “e está fora de controlo”, significa, segundo Pitta e Cunha, que ainda não se chegou “à idade do bom senso”. Sobre este tema lembrou que Portugal é o terceiro país europeu na captura de tubarões e o oitavo do mundo.

Como casos positivos assinalou a aprovação por Portugal da moratória sobre mineração em mar profundo que evita “a corrida aos fundos marinhos” e a ratificação do tratado do Alto-Mar que permite proteger e conservar áreas marinhas fora das jurisdições nacionais.

LUSA

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