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Sr Teste

Pés de morcego mexicano brilham no escuro

Uma descoberta acidental que deixou os cientistas agradavelmente surpreendidos

Uma pequena equipa de zoólogos e ecologistas com membros do Instituto de Ecología e Soluciones Ambientales en Sustentabilidad Ambiental, ambos no México, e da Universidade do Texas em Austin, descobriu que os morcegos mexicanos de cauda livre (Tadarida brasilienses) que vive no México tem cerdas fotoluminescentes nas patas. Uma pesquisa publicada na revista Mammalian Biology (ver estudo).

O grupo explica como descobriu acidentalmente essa característica única e sugere uma possível razão para a sua evolução.  Tudo começou quando dois membros do grupo estavam a tentar capturar morcegos de um poleiro perto da Cidade do México, utilizando uma espécie de rede para apanhar vários de uma só vez. Os que caíram na “armadilha” foram levados para um lugar a 30 quilómetros a norte daquele local e soltos noutro poleiro.

O objetivo era descobrir se os indivíduos dos dois poleiros se moviam para frente e para trás entre eles. Para esse fim, os investigadores polvilharam-nos com um pó fluorescente facilmente visto com luz UV. Essa investigação falhou, mas encontraram outra informação — os pés dos morcegos iluminavam-se sob a lâmpada, e não era por causa do pó.

Investigações anteriores já tinham mostrado que os pés dos morcegos mexicanos de cauda livre eram únicos — já estava descrito que tinham os pés em forma de colher ao longo das bordas externas dos dedos — fazendo com que pareçam um personagem de banda desenhada. Até ao momento, ainda ninguém tinha conseguido descobrir o porquê. Após analisar diversos espécimes, a equipa concluiu que os pelos nos seus pés possuem propriedades fotoluminescentes, ou seja, refletem uma tonalidade azul-esverdeada sob uma luz UV.

Querendo ter certeza de que a descoberta era realmente única, os pesquisadores testaram e encontraram o mesmo fenómeno em 25 outros espécimes de ambos os poleiros. Também encontraram a mesma caraterística num espécime de museu. Descobriram ainda por que os espinhos são fotoluminescentes, embora suspeitem que os morcegos possam ver o brilho, mas apenas ao anoitecer ou amanhecer ou quando se aquecem ao luar.

A equipa pretende continuar a investigação, uma vez que uma das hipóteses colocadas para este facto é que os morcegos possam utilizar essa bioluminescência como forma de comunicação dentro das suas colónias que podem chegar a um milhão de indivíduos. A luz emitida pelos pés pode facilitar a identificação e o reconhecimento entre os membros do grupo, especialmente em ambientes escuros — mas são necessários mais estudos para confirmar estas suposições.

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