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Poluição Plástica dificulta a recuperação de recifes de coral ameaçados

Uma nova investigação de uma estudante de pós-graduação da Universidade do Havaiʻi em Mānoa revela que a poluição plástica representa uma ameaça significativa e invisível para os recifes de coral em perigo. O estudo demonstrou que os químicos libertados pelos plásticos interferem nos dois processos mais críticos para a sobrevivência dos recifes: a reprodução dos corais adultos e a fixação das suas larvas.

O trabalho de Keiko Wilkins, que recentemente obteve o seu doutoramento no Programa de Biologia Marinha da UH Mānoa, é um dos primeiros a demonstrar estes perigos ocultos, podendo ajudar a explicar porque é que alguns recifes falham em recuperar após episódios de branqueamento em massa.

“Quando as pessoas pensam nas ameaças aos recifes de coral, os microplásticos muitas vezes passam despercebidos,” afirma Wilkins. “Os corais não só ingerem microplásticos, como os químicos associados a estes podem ter impactos escondidos. A minha investigação destaca este problema, apelando para que a poluição plástica seja vista como um stressor complexo para os nossos recifes.”

Uma ameaça invisível

Os recifes de coral, em todo o mundo, são ecossistemas vitais, mas enfrentam uma enorme pressão causada pelas alterações climáticas. O trabalho de Wilkins, desenvolvido no Kewalo Marine Laboratory, foi publicado em duas partes.

O primeiro estudo revelou que os lixiviados de plástico — químicos libertados pelos plásticos para a água — reduziram significativamente as taxas de fertilização nos corais.

O segundo estudo demonstrou que esses mesmos químicos afetaram negativamente a capacidade das larvas de coral de se fixarem nos recifes, um passo essencial para a reposição das populações de corais.

“A investigação de Keiko é oportuna e essencial para apoiar esforços de proteção dos recifes de coral e de todos os que deles dependem,” afirmou Bob Richmond, diretor do Kewalo Marine Laboratory e orientador de Wilkins. “Os seus resultados fornecem provas dos efeitos invisíveis e prejudiciais da poluição plástica, e da necessidade urgente de enfrentar este problema se quisermos deixar um legado de recifes de coral vitais para as gerações futuras.”

Apoio académico e impacto real

Wilkins realizou grande parte da sua investigação com o apoio de uma bolsa altamente competitiva da NOAA Nancy Foster Scholarship. Esta bolsa permitiu-lhe recolher amostras de coral em áreas protegidas, incluindo o Santuário Marinho Nacional Papahānaumokuākea e o Santuário Nacional das Baleias Jubarte do Havaiʻi.

A bolsa também apoiou os seus esforços de sensibilização e educação, através dos quais Wilkins se conectou com comunidades e escolas em Samoa Americana, partilhando as suas descobertas e aumentando a consciência sobre a saúde dos nossos oceanos. Atualmente, está a investigar quantas partículas de microplástico estão a ser ingeridas pelos corais nessas regiões.

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