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Portugal ganha 864 medalhas no Campeonato Mundial de Ornitologia

Estiveram a concurso entre 21.300 espécimes de 22 países, sendo que todos eles estão agora expostos no centro de congressos Europarque, no distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto

As aves domésticas de ornitólogos portugueses ganharam 864 medalhas no Campeonato Mundial de Ornitologia a decorrer até domingo em Santa Maria da Feira, revelou hoje a organização, justificando assim o “histórico” segundo lugar do país nessa competição.

Com mais de 2.700 participantes e 300 espécies representadas, a 72.ª edição do evento é dirigida por Carlos Ramôa, que, enquanto presidente da Federação Ornitológica Nacional Portuguesa e também da Confederação Ornitológica Mundial, realça que, na história da competição anual envolvendo “milhares de apaixonados pela criação e exposição de aves”, esta é “a primeira vez que Portugal atinge o segundo lugar”.

O topo do pódio ficou para Espanha, cujos espécimes a concurso acumularam um total de 930 medalhas, e o terceiro lugar coube a Itália, que somou 792 distinções.

Das 864 medalhas atribuídas a aves portuguesas, 375 são de ouro, o que significa que obtiveram a classificação máxima nas respetivas categorias.

Até domingo, os organizadores da 72.ª edição do Campeonato esperam receber 10.000 visitantes no Europarque, que, à exceção do Grande Auditório, afetou todos os seus espaços à iniciativa, num total de 20.000 metros quadrados distribuídos por exposição de aves, comércio de produtos e serviços da especialidade, restauração, etc.

“Portugal é uma referência da ornitologia a nível mundial, quer na criação e seleção dos animais, quer no cumprimento das regras sanitárias e desportivas, e ainda na disponibilização de espaços e serviços que permitem a estes eventos atingir os objetivos previstos”, defende Carlos Ramôa.

O presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira recorda que o concelho já acolheu uma outra edição da prova há 20 anos, mas considera que o território está agora mais bem preparado para as exigências da iniciativa.

“Reunimos três condições que foram decisivas para esta escolha”, declarou Amadeu Albergaria à Lusa.

“Temos o Europarque, que se afirma cada vez mais como um espaço de referência para o acolhimento de eventos de âmbito nacional e internacional; temos o Zoo de Lourosa, que é o único parque ornitológico do país e tem neste Mundial uma oportunidade de valorização e divulgação; e temos os criadores de Santa Maria da Feira, onde existe uma entidade de referência a nível nacional”, concluiu o autarca, referindo-se ao Clube Ornitológico de Rio Meão, que esteve envolvido na organização de todo o campeonato.

LUSA

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