Os embriões desenvolvem como machos quando incubados a 26.°C e em fêmeas se incubados a 31.°C.
Num estudo recente publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), um grupo de investigação liderado por DU Weiguo, do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências revelou que o fator de transcrição pSTAT3 inicia a via feminina na determinação do sexo das tartarugas de orelhas vermelhas acordo com a temperatura. Os embriões desenvolvem como machos quando incubados a 26.°C e em fêmeas se incubados a 31.°C.
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Este estudo revelou ainda que a inibição e a ativação do pSTAT3 conduziam à inversão do sexo feminino para masculino ou masculino para feminino em embriões à temperatura de 31.°C para a produção de fêmeas ou à temperatura de 26.°C para a produção de machos, respetivamente. No entanto, a inversão do sexo destes embriões pode ser recuperada através da supressão ou sobre-expressão de FoxI2, respetivamente. Os investigadores descobriram que o pSTAT3 se liga diretamente ao locus promotor do FoxI2, iniciando assim a via feminina.
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“Esta é a primeira vez que estabelecemos uma ligação genética direta entre a fosforilação de STAT3 induzida pela temperatura quente e a iniciação da via feminina num sistema TSD”, afirmou WU Pengfei. Mas mais importante ainda, é que estas descobertas fornecem uma explicação mecanicista da determinação do sexo em temperaturas flutuantes, revelando que resulta de um antagonismo entre sinais masculinos e femininos, com o resultado feminino a não ser o padrão.