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Tartaruga perde nadadeira em ataque, recupera‑se e regressa ao oceano para missão científica

Em janeiro, uma jovem tartaruga‑cabeçuda (Caretta caretta) foi retirada das águas do Atlântico Sul da Flórida por investigadores do Inwater Research Group, após ter sido atacada — provavelmente por um tubarão — e apresentar graves ferimentos na nadadeira dianteira direita. O grupo, ativo desde 2001, já resgatou quase 25 000 tartarugas.

Foto: reprodução de vídeo

Transportada para o Loggerhead Marinelife Center, em Juno Beach (um hospital de vida marinha que permite observação pública), recebeu os cuidados da equipa veterinária. Batizada de “Dilly Dally”, foi submetida à amputação da nadadeira danificada, infelizmente sem alternativa viável. Enquanto se recuperava, passou por um programado processo de reabilitação, durante cinco meses, treinando intensamente a nadadeira dianteira esquerda — essencial para “impulsionar” o corpo e manter equilíbrio.

Foto: reprodução de vídeo

Segundo o Kyuk News, no dia 4 de junho, Dilly Dally foi devolvida ao oceano. Colocada num carrinho que a levou até à areia da praia, permitiu que as ondas a envolvessem lentamente, até desaparecer nas águas do Atlântico. Em simultâneo, foi colocada uma antena de satélite no seu casco, permitindo monitorização em tempo real. “Dilly Dally está de volta a casa.”, comemorou o centro no Facebook.

Veja a história aqui

A técnica veterinária Marika Weber explicou à CBS NEWS: “Agora sabemos como os padrões de migração ou forrageamento (procura de recursos alimentares) mudam e podemos obter dados em tempo real.” O rastreador, fruto de colaboração com o Smithsonian, permite a cientistas e ao público acompanhar a trajetória da tartaruga. Pode fazê-lo aqui.

Foto: reprodução de vídeo

O caso de Dilly Dally reforça estudos que mostram que, mesmo após amputações, as tartarugas‑cabeçudas podem regressar ao mar e manter uma vida ativa, contribuindo para a sua conservação. Um estudo de 2023 da revista Animal Conservation concluiu que fêmeas amputadas continuam a nadar até à costa para nidificar, ainda que expostas a novos riscos terrestres.

Missão científica e novas perspetivas

  • A monitorização por satélite vai oferecer dados sobre deslocações, alimentação e possíveis alterações de comportamento em indivíduos com deficiência física.
  • Cada tartaruga devolvida com este tipo de equipamento ajuda a preencher lacunas sobre recuperação pós-trauma e adaptação no seu habitat natural.

Foto: reprodução de vídeo

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