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Lusomorango associa-se à Federação Nacional dos Apicultores de Portugal no apoio aos apicultores afetados pelos incêndios de 2025

Organização de Produtores de Pequenos Frutos de Odemira apela ao Governo para minimizar entraves burocráticos à atividade agrícola. A Lusomorango – Organização de Produtores de Pequenos Frutos, sediada em São Teotónio, Odemira, procedeu à entrega de alimento para quatro mil e quinhentas colmeias, de apicultores afetados pelos incêndios que assolaram o centro e norte do país nas últimas semanas. “Este donativo simboliza o compromisso da Lusomorango para com a agricultura nacional, e em especial com o setor apícola, que é um pilar basilar do ecossistema nacional”, refere o CEO da Lusomorango, Joel Vasconcelos. “As abelhas são essenciais para que Portugal tenha os melhores pequenos frutos da Europa. Salvá-las é uma obrigação de todos”, acrescenta. “Esta vaga de incêndios pôs a nu, mais uma vez, as consequências de termos grande parte do país desertificado e sem atividade económica capaz de atrair pessoas”, afirma, alertando que “a agricultura é a principal atividade económica em algumas regiões do país, e a única que poderá contrariar esta realidade. Deve, pois, ser apoiada, acarinhada e incentivada. Infelizmente, em grande parte do nosso território, verificamos precisamente o contrário”. Na sequência desta ação, a Lusomorango apela ao Governo que tome as medidas necessárias para que todo o país tenha iguais condições de desenvolvimento, reforçando a urgência de se avançar com os investimentos propostos para a atividade agrícola, nomeadamente o Projeto Água que Une. Apela ainda ao fim dos entraves burocráticos impostos diariamente por organismos do próprio Estado – como o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) –, que têm vindo a “asfixiar” agricultores e investidores agrícolas, e que fazem com que muitos abandonem ou desistam da atividade agrícola, em especial em territórios ardidos, como é também exemplo o Concelho de Odemira. “A verdadeira coesão territorial, que crie reais instrumentos ao desenvolvimento dos espaços rurais, é a única resposta estrutural para enfrentar esta catástrofe que tem assolado Portugal, ano após ano. Haja vontade e coragem para tomar medidas, avançar com investimentos e colocar todos os organismos do estado alinhados com esse desígnio nacional”, conclui Joel Vasconcelos.

Como os corais sem olhos veem a luz?

Cientistas da Universidade Metropolitana de Osaka descobriram que os corais construtores de recife utilizam iões de cloreto para detetar luz, um mecanismo nunca antes observado em animais.

A população destes tubarões está a aumentar 5% por ano ao largo da costa leste australiana

A população de tubarões conhecida na Austrália como grey nurse shark é considerada Criticamente em Perigo, mas está a mostrar sinais de recuperação ao longo da costa leste da Austrália. Um novo estudo estima que o número de adultos tenha crescido cerca de 5% por ano entre 2017 e 2023, passando de aproximadamente 1.096 para 1.420 indivíduos. Apesar de a população reprodutora continuar extremamente reduzida, este crescimento modesto é visto como um sinal encorajador para a sobrevivência da espécie, que apresenta uma das taxas reprodutivas mais baixas de todos os tubarões. O trabalho foi liderado pela CSIRO (Organização de Investigação Científica e Industrial da Commonwealth) e pelo Departamento de Indústrias Primárias de Nova Gales do Sul, com financiamento do Programa Nacional de Ciência Ambiental – Hub Marinho e Costeiro. Amostras genéticas revelam recuperação lenta Os cientistas recolheram amostras de tecido de mais de 300 tubarões ao largo da costa de Nova Gales do Sul. Através de perfis genéticos e da técnica de “marcação-recaptura por parentesco próximo”, foi possível estimar o tamanho da população adulta. Segundo os investigadores, a diminuição de ameaças em locais de agregação — prevista no Plano Nacional de Recuperação destes tubarões— está a contribuir para a recuperação da espécie. Muitos destes locais de reprodução, alimentação e parto encontram-se atualmente protegidos em Nova Gales do Sul e Queensland. Uma espécie de reprodução frágil Este tubarão é um animal de crescimento lento, que vive muitos anos e se reproduz apenas a cada dois anos, dando origem a apenas duas crias após uma gestação de cerca de 12 meses. Estas características, aliadas à baixa diversidade genética da população do leste australiano, tornam a recuperação especialmente vulnerável a alterações ambientais ou à interferência humana. Esperança para o futuro “Estamos finalmente a ver sinais positivos para o futuro desta espécie ao longo da nossa costa leste”, afirmou o biólogo marinho David Harasti, do Departamento de Indústrias Primárias de Nova Gales do Sul. Esta é uma das 110 espécies prioritárias do Plano de Ação para Espécies Ameaçadas 2022–2032 do Governo Australiano. A Comissária para as Espécies Ameaçadas, Fiona Fraser, reforça, contudo, que o caminho ainda é longo: “Estes primeiros sinais de recuperação são excelentes notícias, mas é essencial manter o esforço contínuo de conservação. A espécie continua listada como Criticamente em Perigo na costa leste australiana.”

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