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Populações de coiotes disparam e recuperam rapidamente, revela estudo da Universidade da Geórgia

Um novo estudo da Universidade da Geórgia conclui que tentar controlar populações de coiotes pode ser uma batalha perdida. Após anos de monitorização no Sudeste dos Estados Unidos, os investigadores verificaram que as populações desta espécie estabilizam e recuperam mais depressa do que conseguem ser reduzidas.

“Em geral, gerir populações de predadores é sempre polémico, mas os coiotes são ainda mais difíceis de controlar devido à sua capacidade única e impressionante de reprodução. Conseguem recuperar muito rapidamente”, explicou Heather Gaya, autora principal do estudo e investigadora de pós-doutoramento na Warnell School of Forestry.

Mais numerosos e adaptáveis do que se pensava

Os cientistas utilizaram câmaras, análise de uivos e outros métodos biológicos para calcular a densidade populacional de coiotes na Savannah River Site (SRS), na Carolina do Sul, e arredores. Os resultados mostraram a existência de entre 45 e 50 animais por cada 38 milhas quadradas — mais de um coiote por milha quadrada.

A descoberta surpreendeu os investigadores, já que se pensava que a espécie preferia áreas abertas em vez de florestadas. “Os coiotes conseguem ocupar e adaptar-se a diferentes habitats, e a SRS oferece-lhes presas e recursos suficientes para se manterem em grande número durante muito tempo”, destacou Gino D’Angelo, coautor do estudo e professor associado da Warnell School.

Parte deste sucesso deve-se à pouca concorrência de outros predadores e à abundância de presas disponíveis. “Durante mais de 75 anos, não tivemos muitos predadores de topo na região. Os coiotes acabaram por preencher esse vazio, e as populações de presas não estavam preparadas para lidar com tanta pressão predatória”, acrescentou D’Angelo.

Controlo populacional caro e insustentável

O estudo incluiu ainda uma análise de 18 anos da evolução destas populações. Apesar dos esforços repetidos de remoção, os números voltaram sempre a subir — em alguns casos até ultrapassando os níveis anteriores. Animais de estados vizinhos deslocaram-se para as áreas onde tinham sido abatidos.

Os métodos de controlo representaram custos entre 30 e 50 mil dólares, um investimento que os investigadores consideram insustentável. A equipa recomenda alternativas, como ajustes nas regulações de caça ou a melhoria de habitats para apoiar outras espécies, mesmo na presença contínua de coiotes.

“O tempo e o dinheiro gastos na remoção ativa destes animais não são viáveis em larga escala”, sublinhou Gaya. “Se não conseguimos manter esses esforços a longo prazo, talvez devamos pensar em soluções diferentes.”

O trabalho contou também com a participação de Jordan Youngmann, investigador da Odum School of Ecology, bem como de Stacey Lance e John Kilgo.

Estudo aqui

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