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Verão seco atrasou o aparecimento de cogumelos no Nordeste Transmontano

O presidente da associação micológica A Pantorra disse hoje que o aparecimento de cogumelos silvestres no Nordeste Transmontano está atrasado em cerca de mês devido ao verão seco que se fez sentir neste território.

Em declarações à agência Lusa, Manuel Moredo explicou que o ano micológico está atrasado em relação a anos anteriores e que a seca, durante o verão, e a falta de humidade nos solos, levou a que as mais variadas espécies de cogumelos só começassem a aparecer agora.

Mesmo com fracas expectativas, os lameiros, soutos e pinhais do Nordeste Transmontano são locais ideais para a apanha, que são batidos palmo a palmo nesta altura do ano pelos recoletores de cogumelos silvestres, alguns dos quais o fazem por gosto e outros porque encontraram nesta atividade uma forma de sustento, mas este ano “deverá haver menos rendimento para os apanhadores devido a este atraso”.

o“No ano normal, a partir de finais de setembro até meados de outubro, já havia muita quantidade de cogumelos silvestres. Só há duas semanas é que começaram a aparecer os primeiros cogumelos, em alguma quantidade”, disse Manuel Moredo.

O especialista referiu ainda que há espécies de cogumelos que requerem mais humidade e calor e pouco frio, uma situação que leva ao seu aparecimento, faseado, face às condições climatéricas e que podem prolongar-se até ao fim do ano.

Esta revelação acontece na véspera do 25.º Encontro Micológico de Mogadouro, que acontece entre sábado e domingo, que prevê juntar cerca de meia centena de participantes vindos um pouco de todo o país.

“O nosso encontro micológico, inicialmente, estava programado para outubro, mas devidos a estes fatores só o vamos realizar no próximo fim de semana”, frisou

Durante a iniciativa, haverá uma saída de campo com a identificação de cogumelos silvestres que são “comida de risco”.

“Todos os anos alertamos em vários encontros espalhados pelo país, e pela vizinha Espanha, para o risco de colher cogumelos silvestres, sem os conhecer. Há uma maior sensibilização por parte dos apreciadores. Mas todos os cuidados são poucos.”, indicou. Manuel Moredo.

Apesar do valor económico e todo o potencial gastronómico ou medicinal dos cogumelos silvestres, em Portugal ainda não há legislação que regulamente o setor e esse “vazio legal” não permite a “certificação” das mais variadas espécies para que se tornem numa mais-valia económica.

“Há mais de 25 anos que a associação A Pantorra, com sede em Mogadouro, luta por um código de conduta para a apanha dos cogumelos silvestres. Tem de haver legislação que acabe com a anarquia que tem havido, e há, em matéria da apanha destes fungos únicos”, reiterou Manuel Moredo.

A Pantorra já identificou mais de 1.200 espécies de cogumelos silvestres no Nordeste Transmontano nos últimos 25 anos.

“Neste sentido, temos trabalho com especialistas em micologia da Universidade de Trás-os-Montes [ UTAD]  e do Instituto Politécnico de Bragança [IPB], para identificar as espécies, já que muitas delas são tóxicas e algumas até letais ”, explicou.

Sanchas ou setas, boleto, repolgas, línguas de vaca, frades ou míscaros são, entre outras espécies nesta altura do ano, dos fungos mais procurados pelos apreciadores e recoletores na região do Interior Norte.

LUSA

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