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As fêmeas das moscas-das-flores vencem os machos em migrações de longa distância

Um estudo da Universidade de Exeter revelou que as fêmeas das moscas-varejeiras são melhores em migrações de longa distância do que os machos. O estudo observou a migração dessas moscas do Norte da Europa para o Sul, no outono, para escapar do frio. Quando compararam as populações de moscas na Dinamarca (mais ao norte) e na Espanha (mais ao sul), notaram que, no Norte, havia uma divisão de 50% de machos e 50% de fêmeas, mas no Sul, cerca de 90% eram fêmeas.

Os investigadores concluíram que os machos são “maus voadores de longa distância”, provavelmente porque priorizam a luta e o acasalamento, o que os deixa com menos energia para a migração. Por outro lado, as fêmeas são mais bem adaptadas para voar grandes distâncias. Em testes de voo, estas voaram quase nove vezes mais longe do que eles. Também apresentaram menores valores de carga nas asas (menos peso para suportar) e melhor tolerância ao frio, características essenciais para voos em grande altitude.

Os testes genéticos mostraram que as fêmeas ativam genes que ajudam na imunidade, na resistência a ambientes com pouco oxigénio e no aumento da longevidade, além de suprimirem hormonas reprodutivas durante a migração para redirecionar energia à viagem. Essas características ajudaram as fêmeas a se saírem muito melhor na migração, o que também influencia a composição das populações ao longo da migração e no inverno.

A ausência de machos nas populações migratórias não deve representar um problema para a reprodução, já que as fêmeas podem armazenar esperma e utilizá-lo para acasalar na primavera, garantindo a continuidade das populações.

O estudo foi conduzido por investigadores da Oxford Population Health em colaboração com investigadores dos Departamentos de Psiquiatria e Antropologia da Universidade de Oxford; do Hospital Geral de Massachusetts e do Broad Institute, Boston; da Universidade de Amesterdão; da Universidade Erasmus, Roterdão; e da Universidade de Montpellier.

O artigo foi publicado no Open Biology, com o título: “Multiple factors contribute to female dominance in migratory bioflows”

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