As baleias maiores tendem a dar à luz mais crias fêmeas do que machos. A conclusão resulta de um estudo internacional que analisou sete espécies de rorquais, incluindo baleias-azuis e baleias-jubarte, com base em registos históricos de caça à baleia, sobretudo anteriores a 1985.
Os investigadores descobriram que o tamanho da mãe está relacionado com o sexo do bebé em gestação: quanto mais comprida a baleia grávida, maior a probabilidade de ter uma cria fêmea.
Segundo os cientistas, esta diferença pode ser explicada pelas necessidades energéticas. As baleias fêmeas crescem mais do que os machos e precisam de mais leite para se desenvolverem. Assim, apenas mães maiores, capazes de produzir leite suficiente, conseguem suportar esse esforço adicional. Por outro lado, as mães mais pequenas tendem a ter mais machos, que exigem menos recursos durante a amamentação.
O estudo, publicado pela Royal Society, sugere que esta estratégia pode maximizar as hipóteses de sobrevivência e reprodução das populações de baleias. Além disso, destaca como a história evolutiva destes gigantes marinhos está intimamente ligada ao equilíbrio entre investimento parental e sucesso reprodutivo.