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Cidades onde o sol não nasce

As noites polares acontecem no fim de novembro até início de janeiro. Há cidades que ficam dois meses a viver no “escuro”

A noite polar é o termo utilizado para as noites que duram mais de 24 horas no interior dos círculos polares, ou seja, é o período durante o qual o Sol não se ergue acima da linha do horizonte durante mais de 24 horas. Ocorre durante o inverno a norte do Círculo Ártico e a Sul do Círculo Antártico. Quanto mais perto dos polos, mais longa é a noite solar.

Segundo a revista Terra, “no Pólo Norte, por exemplo, o Sol põe-se poucos dias após o equinócio de Outono, em meados de Setembro, para só voltar a nascer em meados de Março. Ao todo são 179 noites”. Já imaginou? Mas a mesma fonte revela que apesar do nome não são escuridões intermináveis. Em algumas localidades, como Utqiagvik ocorre um fenómeno chamado Crepúsculo polar, em que a luz do Sol é refratada no horizonte de uma forma branda, durante seis horas do dia, fazendo com que as pessoas consigam manter a sua atividade diária.  Existe também o “crepúsculo astronómico”, que é quando a região passa por dias tão escuros que as únicas luzes vistas são das estrelas, da aurora boreal ou da aurora austral.

Foto: vecteezy

O que causa a noite polar?

É causada pela rotação da Terra em relação à posição do Sol. O nosso planeta gira sobre um eixo inclinado de cerca de 23,5 graus. Como resultado desta inclinação axial, há períodos do ano em que o Círculo Polar Ártico e o Círculo Polar Antártico estão completamente expostos ou obscurecidos pelo sol. Quando estão obscurecidos, provocam a escuridão prolongada conhecida como noite polar, enquanto que quando estão expostos, criam um período prolongado de luz do dia conhecido como sol da meia-noite.

Quanto tempo dura a noite polar?

Depende da sua latitude. A duração média para a maioria dos destinos é de cerca de 30 dias, mas os locais mais a norte podem ter até quase dois meses de escuridão. Se estiver situado num dos pólos, a noite polar durará cerca de 11 semanas.

Foto: Vecteezy

Como é viver numa região de noite polar?

A ciência já comprovou que a ausência de luz pode afetar o ciclo circadiano, ou seja, as funções biológicas mais comuns, causando privação do sono, problemas intestinais, mudanças de humor, entre outros sintomas. Por estes motivos, os habitantes destas cidades têm de fazer terapia da luz para combater a ausência de vitamina D. Além disso, tentam manter uma vida social mais ativa para combater as possíveis depressões. Já os animais como os esquilos e os ursos podem hibernar.

Foto:Vecteezy

Algumas cidades onde o sol não nasce

Barrow – Alasca, EUA
Pequena cidade de Barrow — esse fenómeno acontece entre 18 de novembro a 23 de janeiro, aproximadamente, período que esta também se torna uma das mais frias do mundo, com mínimas de -30ºC.
Tromsø – Noruega
No extremo norte da Europa, a maior cidade da Noruega, é possível vivenciar a Noite Polar entre 27 de novembro e as duas primeiras semanas de janeiro. Se for visitar a cidade nesse período, prepare-se para pegar temperaturas negativas e muita neve!
Murmansk – Rússia
Uma das cidades mais ao sul da Rússia. Aqui, a Noite Polar ocorre entre 2 de dezembro e 11 de janeiro e é noite por praticamente 24 horas. Aqui o frio também não é “tanto”, com mínima média de -15ºC.Kiruna – Suécia. A noite polar ocorre entre 11 de dezembro e 1 de janeiro, um período mais curto do que as outras cidades.
Iqaluit – Canadá
A cidade de Iqaluit tem um dos maiores períodos de Noite Polar, indo do final de novembro até o começo de abril. A cidade fica praticamente coberta de gelo e é um dos locais onde é possível ver, durante esses meses, a famosa aurora boreal.
Hokkaido, Japão
A ilha de Hokkaido, no norte do Japão, transforma-se num paraíso gelado entre dezembro e fevereiro, oferecendo extensas áreas selvagens, florestas e fontes termais naturais. Embora não seja oficialmente uma região polar, Hokkaido compartilha clima, natureza e estilo de vida semelhantes.
Ilulissat, Groenlândia
A Groenlândia, dentro do Reino da Dinamarca, é a maior ilha do mundo e um território de extremos, com sua vasta região selvagem coberta de gelo. A calota de gelo no centro da ilha, juntamente com os icebergs dispersos ao seu redor, torna esse destino único em relação a qualquer outro no mundo. Uma dica é ir para a cidade costeira de Ilulissat, de barco ou de avião, saindo da Islândia. O local é famoso pelo Icefjord, declarado Patrimônio Mundial da UNESCO, e por seus icebergs, que são maiores até mesmo do que grandes navios.

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