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Ciência levou mordidelas (controladas) de cobras e explica como estas atacam (vídeo)

Nem todas as pessoas têm coragem de brincar com cobras. Mas uns cientistas da Monash University, na Austrália, decidiram ir mais longe: deixaram-se “atacar” — ou quase — por 36 espécies de cobras venenosas, tudo em nome da ciência.

O truque? Substituíram o braço humano por um cilindro de gel quente, feito para imitar o músculo de um animal. Depois, armaram-se com câmaras de alta velocidade, capazes de filmar a impressionante cena a 1.000 imagens por segundo.

O resultado é um verdadeiro festival de dentadas em câmara lenta — e de espanto científico.

Velozes e perigosas

As víboras levaram a taça da velocidade: atacam a mais de 4,5 metros por segundo e, depois do impacto, “andam” com as presas até encontrarem o melhor ponto para injetar o veneno. Tudo isto em menos tempo do que um piscar de olhos.

Já os elapídeos preferem aproximar-se com calma, quase de mansinho, e depois morder várias vezes, garantindo que o veneno faz o seu trabalho.

E os colubrídeos, com os dentes lá no fundo da boca, optam por um estilo mais… artístico: balançam a cabeça de um lado para o outro, abrindo uma ferida perfeita para a entrega máxima de veneno.

Ciência com adrenalina

A investigadora Silke Cleuren, que liderou o estudo, contou que a experiência foi, digamos, emocionante:“Irritar uma cobra com um pedaço de gel num pau é uma experiência única. Confesso que dei uns saltos de susto.”

O estudo, publicado no Journal of Experimental Biology, não serve apenas para impressionar nas redes sociais. Ele ajuda os cientistas a perceber como cada família de cobras evoluiu a sua própria técnica de ataque, uma verdadeira aula de biologia em movimento.

A lição da natureza

Como explica o professor Alistair Evans, orientador do estudo:“Cada grupo de cobras desenvolveu um golpe adaptado ao seu estilo de caça e à sua presa. É uma mostra espetacular de como a evolução molda forma e função.”

No fim de contas, esta investigação prova que, mesmo quando o assunto é mortal, a natureza é uma artista da precisão — e a ciência, o seu melhor realizador de câmara lenta.

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