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Cientistas russos criticam resposta a desastre ambiental na Crimeia

Cientistas russos criticaram a resposta das autoridades à maré negra provocada pela frota de navios de guerra entre a Rússia e a Crimeia, considerando que os salvadores não tinham material apropriado

A 15 de dezembro, dois petroleiros russos, o Volgoneft-212 e o Volgoneft-239, colidiram no decurso de uma tempestade no estreito de Kertch, entre a Rússia e a península ucraniana da Crimeia, anexada em 2014.

Os navios transportavam 9.200 toneladas de crude e, pelo menos, 40% foi derramado no mar.

Milhares de voluntários foram mobilizados para limpar as praias do sudoeste da Rússia, região turística, mas, de acordo com os cientistas, o seu equipamento não foi o adequado.

“Não havia tratores no local, nem camiões. E praticamente não havia nenhum equipamento técnico”, afirmou, em conferência de imprensa Viktor Danilov-Danilian, diretor científico do Instituto da Água da Academia Russa de Ciências.

Os voluntários usavam “panos e sacos de plásticos inúteis” para recolher o crude.

A maré negra pode poluir apenas 200.000 toneladas de solo, indicou o Ministro dos Recursos Naturais russo. O presidente Vladimir Putin reconheceu na semana passada que se verificou uma “catástrofe ecológica”. Sergueï Ostakh, professor da Academia Russa de Ciências Naturais e especialista em ecologia industrial, estimou, na mesma conferência de imprensa, que a poluição poderia atingir a Crimeia.

“Não podemos ter ilusões de que a Crimeia irá continuar na mesma”, disse, pedindo uma “ação mais rápida” das autoridades”.

Texto escrito por LUSA

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