O cadastro do arvoredo de Coimbra identificava, em 2022, 1.094 caldeiras vazias no perímetro urbano do concelho, mas dessas foram subtraídas aquelas que foram eliminadas ou plantadas desde então, no contexto de obras, empreitadas e requalificações, até ao momento, lê-se na ficha técnica da empreitada, consignada hoje à empresa AdvancedGreen
Após a subtração das caldeiras entretanto eliminadas ou plantadas nos últimos dois anos, sobravam 930, que contaram com uma avaliação para perceber quais destas eram “passíveis de manter a sua função original”, explicou o documento municipal.
De acordo com o documento, a avaliação concluiu que seria necessário retirar mais 292 caldeiras “por conflitos vários com o edificado e infraestruturas e outro tipo de incompatibilidades, nomeadamente relacionadas com questões de mobilidade e acessibilidades”.
Nesse sentido, das 1.094 caldeiras vazias identificadas inicialmente, esta empreitada irá abranger a plantação de 638 e a eliminação de 292
“Vai deixar de haver caldeiras vazias no perímetro urbano de Coimbra. Todas as caldeiras urbanas passam a ter árvores ou são eliminadas, por questões técnicas”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, vincando que se cumpre, com esta empreitada, o objetivo “de uma árvore em cada caldeira”.
Segundo o autarca, a empreitada é assegurada externamente porque os serviços municipais não teriam capacidade para assegurar a plantação de mais de 600 árvores, com os recursos da autarquia a esgotarem-se “na manutenção dos espaços”.
Apesar de a intervenção ter um prazo de execução de 300 dias, José Manuel Silva espera que todas as plantações estejam concluídas antes do início do verão.
Para a intervenção agora consignada, estão previstas cinco tipologias de intervenção, que incluem a eliminação de caldeiras, plantação imediata (429), caldeiras que terão de ser refeitas (132), outras reposicionadas (38) e ainda caldeiras com cepos antigos que precisam de ser destroçados e retirados (39).
A empreitada é realizada no âmbito do Plano Municipal de Plantações (2024/2025), apresentado em novembro de 2023, e que tinha como objetivo plantar 2.540 árvores (onde estavam incluídas 562 plantações no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego).
José Manuel Silva afirmou que “tudo se encaminha para que o plano de arborização seja cumprido”, sendo a empreitada agora consignada “fundamental nesse objetivo”.
“Estudar mil caldeiras não é uma tarefa que se faça em dois meses. Agora, com esta empreitada, permite recuperar o atraso e ter, até ao fim do mandato, o plano cumprido ou em fase final de cumprimento”, disse.
Este texto foi escrito por LUSA