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Teresa Cotrim

Escorpiões marinhos gigantes na Austrália?

Imagine que ainda vivia no tempo dos dinossauros, na era Paleozoica, quando a Terra tinha entre 541 e 252 milhões de anos. Sabia que nesse tempo, os artrópodes — animais com exoesqueletos, como os insetos, crustáceos, escorpiões e caranguejos ferradura eram gigantes?

Aliás, alguns deles eram mesmo representantes dos maiores animais a habitar o nosso planeta. Se fosse nadar no mar poderia ter dado de caras com um escorpião gigante marinho, o Eurypterida, alguns eram tão grandes quanto um ser humano adulto. Já pensou no susto que apanharia?

Uma equipa de paleontólogos do Museu Americano de História Natural, do Instituto de Pesquisa do Museu Australiano e do Centro de Geociências WB Clarke, na Austrália, encontrou novas evidências para os eurypterídeos pterigotídeos do Siluriano e Devoniano em Nova Gales do Sul. O artigo deles foi publicado no jornal Gondwana Research.

“Os escorpiões marinhos pertencem aos maiores predadores marinhos que já surgiram no registo fóssil, abarcando uma espécie que se acredita ter mais de 2,5 metros de comprimento, Jaekelopterus rhenaniae”, relata o site PHYS ORG. Naquela época, alguns desses gigantes ocupavam o mesmo lugar na teia alimentar do tubarão-branco moderno. “Esses nadadores provavelmente ágeis teriam usado os seus grandes membros dianteiros, armados com garras, para agarrar as presas, que então esmagavam entre as estruturas semelhantes a dentes nas suas pernas (chamadas espinhos gnatobásicos)”, refere a mesma fonte.

A equipa de pesquisa sugere que o gigantismo pode ter desempenhado um papel na sua capacidade de migrar para grandes distâncias. Além disso, a sua extinção repentina continua a ser um mistério. Os investigadores planeiam continuar à procura de respostas, esperando descobrir o porquê.

O Escorpião do mar existiu há mais de 400 milhões de anos

A equipa desta pesquisa relata ainda a pouca evidência encontrada de pterigóides a habitar no que é hoje a Austrália, principalmente devido à falta de investigação. Para retificar essa situação, estudaram formações rochosas em Nova Gales do Sul que mostraram evidências das criaturas antigas e encontraram o que eles descrevem como novos exemplos de pterigóides eurypterídeos, um do Siluriano (443,8 a 419,2 milhões de anos) e outro do Devoniano (419,2 a 358,9 milhões de anos).

A PHYS ORG escreve ainda que os investigadores observaram que os fósseis eram principalmente de exoesqueletos, um de um Pterygotus, o outro de Jaekelopterus, as maiores espécies de escorpiões marinhos. Eram idênticos a outros que foram encontrados ao redor do supercontinente Gondwana. Esta descoberta sugere que as criaturas tinham a capacidade de cruzar o oceano, uma jornada de milhares de quilómetros.

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