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Governo aprovou 20 ME para transformar a paisagem florestal na Pampilhosa da Serra

Esta Operação Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP) abrange 4.000 hectares ao longo da bacia do rio Zêzere. Este investimento foi financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pelo Fundo Ambiental. Além disso, os proprietários das áreas intervencionadas receberão até 2046, uma remuneração anual totalizando 10,5 milhões de euros

“Esta aprovação é uma grande notícia que permitirá desenvolver o projeto e coloca Pampilhosa da Serra no pelotão da frente da inovação e da transformação da paisagem nos designados territórios vulneráveis do interior do nosso país”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara daquela vila do interior do distrito de Coimbra. Jorge Custódio salientou que a operação será financiada em 9,23 ME pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dos quais 1,1 ME se destina à plantação de 30 hectares de vinha, dos 100 hectares previstos.

A este montante acresce uma remuneração anual aos proprietários no valor de 524.816,30 euros, durante 20 anos, até 2046, através do Fundo Ambiental, num valor global de quase 10,5 ME.

A Operação Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP) abrange uma área de cerca de 4.000 hectares ao longo da bacia do rio Zêzere e um investimento de total de 19,7 ME, de acordo com o despacho do Governo publicado em Diário da República no dia 16 de dezembro

“Configura uma resposta inovadora, estruturada e ambientalmente sustentável, adaptada às características específicas do território, gerando uma nova e mais resiliente paisagem, indutora do crescimento da economia local e de novos olhares sobre a valorização do solo rústico”, frisou o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra.

O autarca elogiou o “trabalho afincado” realizado pela autarquia e a empresa Florestgal, enquanto entidade gestora, que permitiu a aprovação da candidatura, “quando muito proponentes ficaram pelo caminho”. Para Jorge Custódio, esta OIGP vem dar resposta ao que aconteceu nos incêndios de 2017 e contrariar a ideia “de que há boas soluções na altura das catástrofes e depois não há ações práticas”.

Esta operação “destaca-se porque existe valor financeiro para a gestão durante 20 anos, o que pode ser um grande estímulo”, disse o autarca, salientando que no meio dos 4.000 hectares que vão ser intervencionados vai ser plantada uma vinha com 100 hectares

“Este projeto da vinha é a força motriz da OIGP, que vai reduzir as faixas de eucalipto, manter os olivais junto às povoações e avançar com plantações em mosaico, atravessadas por estradas, com medronheiros e espécies folhosas”, sublinhou.

A área de intervenção envolve cerca de 1.500 proprietários, que podem vir a retirar rentabilidade anual dos seus terrenos sem necessitarem de efetuar qualquer investimento. “A mobilização dos proprietários pode ser a maior dificuldade, mas acredito que irão perceber a benesse que vão ter, mantendo a posse dos seus terrenos”, disse ainda à agência Lusa o presidente do município da Pampilhosa da Serra.

A autarquia vai avançar imediatamente com o projeto, que tem de estar finalizado até 2026.

Esta notícia foi escrita por LUSA

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