O Governo do Chade anunciou hoje a rescisão dos acordos de gestão dos seus parques naturais com a organização sul-africana African Parks Network (APN), alegando “dificuldades permanentes de colaboração”.
Segundo o ministro do Ambiente, da Pesca e do Desenvolvimento Sustentável, Hassan Bakhit Djamous, o executivo de N’Djamena acusa a Organização Não-Governamental sul-africana de não travar o “aumento da caça furtiva”, de uma “falta grave de investimento” e de “dificuldades de colaboração” em dois parques naturais.
Djamous denunciou ainda uma “atitude indelicada e reiteradamente desrespeitosa” por parte da organização para com o Governo chadiano.
Por seu turno, a African Parks afirmou, num comunicado publicado hoje no seu ‘site’, que “iniciou discussões com o ministério” e estuda “a melhor forma de garantir a preservação dos importantes progressos alcançados em matéria de conservação”.
Há 15 anos que a ONG gere dois parques no Chade.
Por exemplo, em Zakouma, apenas 450 elefantes restavam em 2010 devido à caça furtiva.
Presente em 13 países africanos, a African Parks, sediada em Joanesburgo e fundada por um bilionário neerlandês, é uma das maiores organizações de conservação do continente, com um orçamento de 108 milhões de euros em 2023, segundo o seu relatório anual.
LUSA