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Investigadores internacionais unidos para tornar zonas costeiras mais resistentes às alterações climáticas

A Europa está a investir numa nova frente de combate às alterações climáticas: reforçar a resiliência das zonas costeiras e das comunidades que nelas vivem. O projeto COAST-SCAPES – financiado pela União Europeia através do programa Horizon Europe – arranca em outubro de 2025 e vai decorrer durante quatro anos, envolvendo parceiros de vários continentes.

O consórcio, coordenado pela Universitat Politècnica de Catalunya (BarcelonaTech), conta com investigadores da RMIT University (Austrália), que terão um papel central no estudo da qualidade da água e no desenvolvimento de soluções inovadoras para enfrentar os riscos climáticos que afetam regiões costeiras em todo o mundo.

Natureza e tecnologia de mãos dadas

O projeto propõe-se a co-desenhar soluções baseadas na natureza, suportadas por dados científicos, que permitam reduzir riscos climáticos em ambientes de transição entre a terra e o mar. Para tal, os investigadores vão trabalhar em estreita colaboração com autoridades locais e comunidades residentes, com o objetivo de implementar práticas que possam ser replicadas noutros territórios.

“Queremos melhorar a qualidade da água e, ao mesmo tempo, explorar formas de reutilização, uma necessidade urgente tanto em Victoria (Austrália) como na Catalunha (Espanha)”, explicou o professor Vincent Pettigrove, da Escola de Ciências da RMIT.

Pilotos na Europa e na Austrália

Três locais piloto vão estar no centro das atenções. Um deles é o Mar Menor, no sudeste de Espanha, ecossistema frágil que sofre com perda de biodiversidade, pressões urbanísticas e agrícolas. Outro é a baía de Western Port, em Victoria, onde os investigadores vão testar estratégias para aumentar a resiliência contra fenómenos meteorológicos extremos.

Um terceiro piloto, de replicação, será o delta do rio Ebro, na Catalunha – região marcada por desafios de gestão hídrica devido à complexidade da governação e às pressões agrícolas. Aqui, a equipa da RMIT vai analisar a contaminação da água e avaliar como maximizar a sua reutilização para diferentes fins.

Financiamento e impacto global

A RMIT Europa foi contemplada com 251.650 euros para participar no projeto, valor que permitirá, entre outras medidas, a contratação de um bolseiro de pós-doutoramento em 2026, dedicado ao estudo de tóxicos e à gestão da reutilização da água.

Segundo Pettigrove, o laboratório da universidade terá ainda um papel inovador: receber amostras de água de várias partes do mundo para serem analisadas num único espaço, recorrendo a novas tecnologias.

Além da investigação, o COAST-SCAPES aposta na formação de autoridades costeiras e comunidades locais, criando módulos de treino, novos padrões e modelos de negócio capazes de enfrentar os desafios impostos tanto pelas alterações climáticas como pelas pressões humanas.

“Estamos muito motivados para colaborar com parceiros na Europa, África, Ásia e América do Sul e reforçar a preparação das comunidades costeiras perante os impactos atuais e futuros das alterações climáticas”, concluiu Pettigrove.

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