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Lagos europeus e norte-americanos são os que mais sofrem com a proliferação de algas

As causas são as temperaturas elevadas e o excesso de nutrientes. Este fenómeno afeta a saúde dos ecossistemas e exige monitorização contínua para mitigar seus impactos

A proliferação de algas afeta quase metade dos 1956 grandes lagos do mundo, com variações regionais. Os lagos da Europa enfrentam os problemas mais graves, seguidos da América do Norte, enquanto lagos subtropicais e de algumas regiões da África Oriental e América do Sul também são afetados. Lagos menores (<1000 km²) têm mais florescências — crescimento de algas, e as maiores ocorrem principalmente em zonas rasas e próximas da costa.

Dos 620 lagos com mais de 10 anos de registos de florescência, 504 apresentam uma tendência crescente, com uma média anual global de aumento de +1,8% nos últimos 20 anos. A tendência foi mais forte nos subtrópicos (+4,6% por ano entre 2016-2022), e mais fraca nos trópicos (+1,4% por ano). A frequência de florescências está fortemente correlacionada com as flutuações de temperatura, especialmente com temperaturas acima de 20°C, que favorecem o crescimento das algas. Além da temperatura, a entrada de nutrientes, como o azoto da agricultura, também está ligada à proliferação de algas, mas outros fatores, como precipitação e velocidade do vento, têm impacto menor.

De um modo geral, o estudo sublinha o efeito amplificador do aquecimento climático na proliferação de algas, particularmente em lagos de alta latitude. Embora a investigação se centre em grandes lagos, os lagos mais pequenos também registam tendências de proliferação semelhantes. Os dados de monitorização são essenciais para compreender a degradação ambiental e os seus impactos nos ecossistemas, na saúde humana e na socioeconomia, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias eficazes para enfrentar este desafio crescente e apoiar os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.

Nota: Este estudo foi liderado por Lian Feng (Escola de Ciências e Engenharia do Ambiente, Universidade de Ciências e Tecnologia do Sul).

Parceria com GreenOcean www.greenocean.pt

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