Relatório do Fundo Mundial de Monumentos (WMF) alerta sobre os danos que as missões comerciais e governamentais podem ter no único satélite da Terra
O World Monuments Watch publicou a sua lista bienal de locais ameaçados, destacando pela primeira vez, a Lua. A presidente do WMF, Bénédicte de Montlaur, disse numa declaração que este satélite natural da Terra foi adicionado à lista devido ao crescente interesse de grupos privados e aos riscos decorrentes das atividades lunares realizadas sem protocolos adequados para a sua preservação.
Segundo a responsável, numa entrevista dada ao Art Newspaper, o reconhecimento é fundamental para proteger artefatos históricos, como a camera que capturou o primeiro pouso na Lua, um disco com memórias deixado pelos astronautas Armstrong e Aldrin, e centenas de outros objetos emblemáticos. “Guardar a herança lunar evitará que os danos acelerem as atividades privadas e governamentais no espaço, garantindo que esses artefactos durem para as gerações futuras”, realça à mesma fonte.
Como refere um artigo da revista Veja, esta é uma preocupação com algum fundamento, afinal a Space X, empresa do bilionário Elon Musk, lançou dois módulos lunares para se preparar para futuras missões.
Além disso, as viagens particulares à Lua estão “marcadas” a partir de 2027, após a realização da missão Artemis III da NASA, que levará humanos a pisar solo lunar pela primeira vez desde a década de 70 e com planos para construir uma base lunar permanente para dar suporte a eventuais missões a Marte.
Um artigo da EuroNews salienta ainda os perigos da acumulação de lixo espacial que orbita ao redor da Lua.
EUA, China, Índia, Japão e a antiga União Soviética já viajaram para lá com sucesso.