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Mudança climática e ação humana propagam bactérias patogénicas

Um estudo publicado na revista Science Advances, intitulado “Anthropogenic activity and climate change exacerbate the spread of pathogenic bacteria in the environment”, revela que as mudanças climáticas e a interferência humana no meio ambiente estão a acelerar a propagação de bactérias patogénicas, aumentando riscos para a saúde pública e ecossistemas.

A pesquisa, disponível aqui, destaca como o aumento das temperaturas, a poluição e as alterações no uso da terra criam condições ideais para a proliferação desses microrganismos.

Dados e metodologia

Os investigadores analisaram dados globais de microbiomas ambientais, combinando informações climáticas, registros de uso do solo e padrões de resistência bacteriana.

Utilizando modelos computacionais, a equipa identificou correlações entre o aumento da temperatura média do planeta, a contaminação de solos e águas por atividades industriais e agrícolas, e a maior presença de patógenos como Escherichia coliSalmonella e Vibrio cholerae.

Entre as principais descobertas estão:

  • Aquecimento global: O aumento das temperaturas favorece a sobrevivência e reprodução de bactérias em regiões antes inóspitas, como áreas temperadas e polares.
  • Poluição e desmatamento: Desmatamento de florestas, resíduos de antibióticos, metais pesados e despejo de esgoto em rios e oceanos estimulam a resistência microbiana.
  • Mudanças no uso da terra: Urbanização e agricultura intensiva alteram ecossistemas, facilitam o contato entre humanos e patógenos.

Conclusões e alertas

O estudo conclui que, sem políticas urgentes para reduzir emissões de gases de efeito estufa e regular o uso de antibióticos e poluentes, a disseminação de bactérias resistentes e doenças infecciosas pode se tornar incontrolável. Os autores defendem:

  • Monitorização global de microrganismos em ecossistemas vulneráveis.
  • Regulação mais rígida sobre descarte de resíduos farmacêuticos e industriais.
  • Investimento em saneamento básico para reduzir contaminações em regiões pobres.

“Estamos a criar um ambiente cada vez mais hostil, não só para nós, mas para todos os seres vivos. A saúde do planeta e a humana estão intrinsecamente ligadas”, afirma um dos autores.

A pesquisa serve como um alerta para governos e sociedade: combater as mudanças climáticas e repensar a relação com a natureza são passos essenciais para evitar futuras pandemias.

In EcoDebate

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