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Projeto de reequipamento do Parque Eólico de Pena Suar criticado por práticas ambientais irresponsáveis

A associação ambientalista Zero considerou hoje que o projeto para o reequipamento do Parque Eólico de Pena Suar, na Zona Especial de Conservação Alvão/Marão, deve ser reformulado porque prevê intervenções “ambientalmente pouco responsáveis”

“A Zero considera que existe um conjunto de intenções na intervenção [reequipamento do parque] que são ambientalmente pouco responsáveis e não poderão de forma alguma ser consideradas boas práticas a aplicar neste e em futuros projetos”, adiantou a associação, em comunicado.

O projeto de reequipamento promovido pela EDP Renováveis, cujo período de consulta pública ao Estudo de Impacte Ambiental terminou na sexta-feira, prevê a substituição dos 20 aerogeradores do parque eólico original de 500 quilowatts (Kw) de potência unitária por quatro aerogeradores de 4.800kW, aumentando a potência instalada do parque.

O parque abrange concelhos do distrito de Vila Real e do Porto.

A Zero referiu que a potência de reequipamento está acima do previsto na legislação em vigor, que não está prevista a retirada dos cabos elétricos desativados em mais de três quilómetros de extensão, nem a demolição e retirada das fundações dos aerogeradores que serão desativados e que a instalação dos novos aerogeradores não aproveita a anterior.

Por isto, a associação entendeu que este projeto não é um exemplo de boas práticas ao nível do desmantelamento e reaproveitamento das infraestruturas e materiais existentes no âmbito do desmantelamento do parque preexistente, nomeadamente valas de cabos elétricos, plataformas e acessos.

“A Zero é desfavorável à implementação do projeto tal como está previsto. Para além de estarmos perante um projeto praticamente de raiz com baixo ou nenhum aproveitamento do atual projeto o que, na nossa opinião, resulta num projeto novo e não num reequipamento”, frisou.

Na sua visão, o novo projeto deveria aproveitar as áreas já artificializadas na instalação dos novos aerogeradores, assim como deveria retirar todas as fundações existentes nas áreas que não vão ser aproveitadas.

A associação entendeu ainda que deve haver um estudo de avaliação de impacte ambiental de aspetos críticos de decisão, numa lógica de caso a caso, sendo sempre obrigatórias as componentes da conservação da natureza, paisagem e ruído.

A associação exigiu “maior ambição” à empresa para que este projeto possa “verdadeiramente ser um exemplo de boas práticas no reequipamento”.

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