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Protetor solar todos os dias? Investigadores alertam para impacto na vitamina D

O Instituto de Investigação Médica QIMR Berghofer, que há 80 anos está na vanguarda da investigação em saúde pública na Austrália, acaba de publicar um estudo que lança nova luz sobre a ligação entre o uso de protetor solar e os níveis de vitamina D.

A investigação, publicada no British Journal of Dermatology e baseada nos resultados do ensaio clínico Sun D Trial, concluiu que pessoas que utilizaram protetor solar SPF50+ diariamente, durante cerca de um ano, apresentaram maior probabilidade de défice de vitamina D do que aquelas que o usaram com menor frequência.

Apesar desta conclusão, os investigadores sublinham que a mensagem central não é abandonar o uso de protetor solar.

“O protetor solar continua a ser uma pedra basilar na prevenção do cancro da pele, apoiada por décadas de evidência robusta”, afirmou a professora Rachel Neale, investigadora principal do estudo. “Os nossos resultados sugerem apenas que quem aplica protetor solar diariamente poderá beneficiar de considerar a suplementação de vitamina D como uma forma segura, eficaz e económica de manter níveis adequados.”

O estudo envolveu 639 participantes que não utilizavam regularmente protetor solar. Metade foi instruída a aplicar protetor solar SPF50+ todos os dias, durante um ano (com exceção do inverno nas regiões do sul), enquanto a outra metade serviu de grupo de controlo. Ao fim de 12 meses, 46% dos utilizadores diários apresentavam défice de vitamina D, em comparação com 37% do grupo de controlo.

A vitamina D desempenha um papel essencial na saúde óssea, no funcionamento do sistema imunitário e pode influenciar outros desfechos de saúde. No entanto, ao contrário da exposição solar — que aumenta o risco de cancro da pele — a deficiência de vitamina D pode ser corrigida de forma segura através da alimentação e de suplementos.

“Não existe evidência de que a exposição solar seja mais eficaz do que a suplementação para manter níveis saudáveis de vitamina D”, acrescentou a professora Neale, frisando que podem existir outros benefícios associados à luz solar. “Dada a elevada incidência de cancro da pele na Austrália, aconselhamos vivamente a população a não alterar os seus hábitos de proteção solar.”

Com esta investigação, o QIMR Berghofer reforça o seu legado na definição de políticas e recomendações de saúde pública, acrescentando agora uma nova dimensão à compreensão do equilíbrio entre a proteção solar e a manutenção de níveis adequados de vitamina D.

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