Pupy, a elefanta libertada do cativeiro e a sua nova vida em liberdade no Santuário de Elefantes do Brasil
Após quatro dias e 2.700 quilómetros de viagem desde Buenos Aires, a elefanta africana Pupy chegou ao Santuário de Elefantes do Brasil (SEB), um local onde a liberdade, o respeito e a cura passam agora a ser a sua nova realidade.
A chegada de Pupy marca um momento profundamente transformador na sua vida. Durante décadas, viveu confinada num ambiente artificial, longe da natureza e da possibilidade de simplesmente… ser elefanta. Mas agora, nas vastas paisagens do interior brasileiro, ela já pode caminhar entre colinas, florestas e lagoas, ao seu próprio ritmo, com autonomia e dignidade — algo que lhe foi negado por grande parte da vida.
A operação de resgate e transporte foi liderada pela organização norte-americana Global Sanctuary for Elephants (GSE), em colaboração com parceiros internacionais. Foram meses de preparação meticulosa até que tudo estivesse pronto para a viagem de Pupy, feita numa caixa de transporte especialmente construída para o seu conforto e segurança.
Durante todo o percurso, foi acompanhada por uma equipa dedicada, composta por tratadores experientes, veterinários, especialistas em bem-estar animal e elementos de segurança. À frente da operação esteve Scott Blais, cofundador e diretor executivo da GSE, cuja missão tem sido resgatar elefantes cativos e oferecer-lhes uma nova oportunidade de vida.
“Isto é mais do que uma mudança de localização — é uma mudança de vida. Hoje começa o seu caminho para a cura, para a dignidade e para a vida que sempre mereceu.”, disse em comunicado Scott Blais, cofundador e CEO da Global Sanctuary for Elephants.
Foto: Do santuário no Brasil
No SEB, Pupy encontrará um refúgio onde o bem-estar físico, emocional e social dos elefantes é prioridade absoluta. Não há correntes, nem horários rígidos. Há espaço. Há tempo. E há liberdade para decidir — se quer estar sozinha, explorar, descansar, ou socializar.
Nos próximos meses, Pupy terá a oportunidade de conhecer Kenya, outra elefanta africana também resgatada, cuja chegada ao santuário está prevista para breve. O encontro entre ambas será feito de forma gradual, com respeito pelas suas vontades e ritmos. O objetivo não é forçar uma ligação, mas sim criar um ambiente seguro e natural onde possam, se assim o desejarem, desenvolver uma nova amizade — construída com confiança, respeito e tempo.
Esta foi a décima operação de resgate bem-sucedida da GSE na América do Sul, reafirmando o compromisso da organização em transformar a vida de elefantes em cativeiro, oferecendo-lhes uma segunda oportunidade, feita de espaço, natureza e compaixão.
A Pupy já sentiu o que é caminhar sob um teto de estrelas em liberdade. Veja a foto abaixo: