A Refinaria de Sines recebeu três reatores para a nova unidade de produção de biocombustíveis avançados da Galp, que representa um investimento global de 400 milhões de euros, foi hoje anunciado
“Os três reatores da nova unidade de produção de biocombustíveis avançados da Galp chegaram ontem [quarta-feira] à Refinaria de Sines, onde irão produzir combustível para aviação e gasóleo de origem biológica a partir de 2026”, informou a Galp, em comunicado.
A unidade de biocombustíveis avançados, em que se integram estes reatores, mobiliza um investimento de 400 milhões de euros, em parceria com a japonesa Mitsui, e vai ter uma capacidade de produção de 270.000 toneladas por ano.
A Galp indicou ainda que este projeto vai empregar cerca de 750 trabalhadores na fase de construção em termos médios e 1.150 no pico, e criar 76 postos de trabalho permanentes durante a fase de operação.
“Esta unidade irá receber óleos vegetais e gorduras animais devidamente tratadas e transformá-las em combustível utilizado na aviação e em gasóleo de origem biológica com características idênticas ao gasóleo utilizado nos motores de combustão”, detalhou a empresa.
Esta vai ser a primeira unidade de produção de biocombustíveis avançados integrada num sistema refinador que inclui uma unidade de produção de hidrogénio verde à escala industrial, também em construção na refinaria de Sines.
A unidade de hidrogénio ‘verde’ representa um investimento de 250 milhões de euros e vai ter uma capacidade de 100 megawatts (MW) de eletrólise, produzindo até 15.000 toneladas de hidrogénio renovável por ano.
“Trata-se de um contributo significativo para a transformação e o crescimento do setor industrial em Portugal, colocando a Galp na vanguarda do desenvolvimento de soluções de baixo carbono imprescindíveis para a transição energética”, afirmou o presidente executivo, Filipe Silva, citado em comunicado.
Este artigo foi escrito pela Agência LUSA.