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Sons das corujas noturnas fazem o pisco-de-peito-ruivo comer menos durante a migração

Os sons de corujas-das-torres e, em particular, da coruja-do-mato, podem influenciar o comportamento alimentar de aves migratórias. Um novo estudo da Universidade de Lund, na Suécia, revela que os jovens piscos-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula), durante a sua primeira migração para sul, comem menos à noite quando expostos ao chamamento da coruja-do-mato — um predador noturno.

Risco ou refeição: um dilema de sobrevivência

Na sua viagem outonal rumo a zonas mais quentes, os piscos fazem várias paragens para descansar e recuperar energia. Contudo, cada pausa implica riscos: os predadores podem estar à espreita.

A investigação, publicada na revista Journal of Animal Ecology, mostra que as aves não só estão atentas à presença de ameaças, como também ajustam o seu comportamento em função do tipo de predador identificado.

Segundo a equipa de investigadores, quando expostos ao chamamento da coruja-do-mato, os jovens piscos tornaram-se mais cautelosos, reduziram a atividade noturna e comeram menos. Este efeito não foi observado quando ouviram o chamamento do gavião (Accipiter nisus), uma ave de rapina diurna.

Foto:Johan Nilsson

Menos alimento, mais atrasos

“Pela primeira vez foi possível demonstrar que as chamadas de predadores noturnos afetam a forma como as aves obtêm energia durante a migração”, explica Susanne Åkesson, professora de biologia em Lund.

A redução da ingestão alimentar implica que os piscos demoram mais tempo a acumular reservas de gordura — combustível essencial para a migração. Como consequência, permanecem mais tempo nas zonas de paragem, o que pode atrasar a chegada aos territórios de invernada. Chegar tarde aumenta a probabilidade de perder os melhores locais, com impacto direto na sobrevivência e na reprodução futura.

Implicações para a conservação

Compreender estas reações ajuda a repensar a forma como se gerem habitats de paragem migratória, especialmente em ambientes periurbanos.

“Se as aves tiverem acesso a locais calmos e seguros durante as suas paragens, aumentam as suas hipóteses de sobreviver à longa viagem”, conclui Susanne Åkesson.

Estudo aqui

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