O movimento internacional Save the Caspian Sea lançou um documentário web multilingue intitulado “SOS Caspian”, que denuncia a crescente crise ambiental no Mar Cáspio. A iniciativa foi apresentada no âmbito da High Caspian Week, uma série de eventos que assinalaram o Dia Internacional do Mar Cáspio, celebrado a 12 de agosto.
Disponível em sete línguas — incluindo todas as línguas oficiais das Nações Unidas (Inglês, Árabe, Espanhol, Russo, Chinês, Francês) e em Cazaque — o projeto interativo traça um retrato alarmante do que é descrito como um desastre ecológico no coração da Eurásia.
Através de dados científicos e relatórios de organizações ambientais internacionais, o documentário explora várias ameaças ao maior mar fechado do mundo: a diminuição drástica do seu nível de água, a extinção em massa de espécies endémicas, a poluição industrial e o risco iminente de deslocação forçada de milhões de pessoas.
“Os habitantes dos países ribeirinhos do Cáspio não precisam que lhes digam que o mar está a morrer — vivem essa dor todos os dias. Este projeto destina-se a quem nunca ouviu falar do Mar Cáspio. Agora, o seu presente e futuro trágico será conhecido de Nova Iorque a Pequim, de Bruxelas a Buenos Aires”, afirmou Vadim Ni, fundador do movimento Save the Caspian Sea.
Um Mar a Ser Asfixiado pela Indústria
Entre os principais problemas abordados no webdocumentário estão:
- A poluição por resíduos industriais, que há décadas afeta a biodiversidade e a saúde das populações costeiras;
- A descarga de resíduos tóxicos e com óleo por navios, que envenena a água e destrói habitats;
- A interrupção do fluxo natural de água devido a barragens no rio Volga e a má gestão dos recursos hídricos, contribuindo para a rápida diminuição do volume do mar;
- O risco de um colapso ecológico irreversível que poderá ter consequências diretas para milhões de pessoas na região.
Petição Internacional Apela à Ação Coordenada
O projeto termina com um apelo concreto: uma petição publicada na plataforma Change.org dirigida aos governos do Cazaquistão, Azerbaijão, Rússia e Turquemenistão, bem como às empresas que operam na região. A petição exige:
- Acesso público e transparente a dados ambientais;
- Monitorização independente por satélite;
- Regulação conjunta da atividade económica e industrial no Mar Cáspio.
A petição recolheu mais de 5.000 assinaturas no primeiro dia, demonstrando a crescente atenção internacional para o que poderá tornar-se uma das mais graves catástrofes ambientais do século.
Links to the webdoc em diferentes idiomas:
English: soscaspian.com
Kazakh: soscaspian.kz
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French: fr.soscaspian.com
Chinese: cn.soscaspian.com


