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Alexandra Costa

Tribunal de contas diz que Portugal falha na implementação do ODS 9

Por Alexandra Costa, diretora editorial do GreenOcean

O ODS9 que integra a dimensão económica do plano de ação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), abrange três grandes áreas da economia nacional: indústria, inovação e infraestruturas. Para o alcançar, Portugal necessita quer ao nível nacional, quer no âmbito da cooperação internacional, de construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação, mas parece não estar a ser eficaz

Relatório de Auditoria ao Desenvolvimento Sustentável de Indústria, Inovação e Infraestruturas Nacionais é claro: a implementação do ODS 9 é o que regista o pior nível de execução das metas e indicadores da ONU, tendo a sua implementação sido marcada pela falta de clareza e de rigor sobre as responsabilidades das áreas governativas envolvidas e pela inexistência de uma coordenação efetiva.

O Tribunal de Contas acaba de divulgar os resultados do seu Relatório de Auditoria ao Desenvolvimento Sustentável de Indústria, Inovação e Infraestruturas Nacionais. E os resultados são contundentes: a implementação em Portugal do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 9 no âmbito da Agenda 2030 das Nações Unidas não está a ser eficaz e está longe de assegurar o desenvolvimento sustentável de Indústria, Inovação e Infraestruturas nacionais.

Isto porque o documento conclui que o ODS 9 é o que regista o pior nível de execução das metas e indicadores da ONU, tendo a sua implementação sido marcada pela falta de clareza e de rigor sobre as responsabilidades das áreas governativas envolvidas e pela inexistência de uma coordenação efetiva. Em causa não só a demora no levantamento do designado “estado da arte”, mas, também, a persistência de dificuldades, por parte das áreas governativas, em identificar os instrumentos de planeamento e as medidas com contributo relevante para este ODS.

O relatório revela ainda que “estão por definir, desde 2016″, as metas do ODS 9 que devem ser incorporadas nos processos, políticas e estratégias nacionais de planeamento, que não existe um quadro regulamentar nacional sobre o investimento para implementação dos ODS e que não são conhecidas as fontes de financiamento nem o valor financeiro envolvido na implementação em cada uma das metas do ODS 9. Os indicadores são auxiliares e insuficientes para um acompanhamento efetivo da implementação do ODS 9, refere ainda o relatório.

Face a isto o Tribunal de contas recomenda (ao governo) que se aprove um plano estratégico que assegure a apropriação nacional do ODS 9, com medidas adequadas e eficazes para atingir os seus objetivos (expressos em metas) e assegurar o financiamento necessário para a sua execução.

Convém lembrar que a Agenda 2030 foi adotada em setembro de 2015 e entrou em vigor a 1 de janeiro de 2016. Os 193 Estados membros signatários, entre os quais Portugal, comprometeram-se a adotar, no prazo de 15 anos, medidas e ações específicas para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O ODS 9 abrange três grandes áreas da economia nacional: indústria, inovação e infraestruturas.

Pode ver o site GreenOcean aqui.

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