Quem não gostaria de fazer este percurso espiritual? Agora é inclusivo!
A AMICA, associação cantábrica comprometida com a inclusão social e acessibilidade universal, apresentou recentemente o Guia de Boas Práticas de Inclusão para o Caminho de Santiago, desenvolvido no âmbito do projeto ULTREIA-Sudoe. Este recurso é resultado de estudos detalhados realizados em várias rotas jacobeias, com o objetivo de transformar os Caminhos de Santiago em destinos mais acessíveis, acolhedores e inclusivos.
O guia oferece orientações práticas destinadas a gestores, administrações públicas e outros agentes envolvidos na gestão das rotas culturais e de peregrinação. Os pilares abordados incluem: acessibilidade física — remoção de barreiras arquitetónicas; acessibilidade informativa — uso de ferramentas como leitura fácil e pictogramas; acessibilidade comunicativa — implementação de sistemas alternativos que garantam uma experiência autónoma e segura.
Incorporando princípios de design universal e o método DALCO (Deslocação, Apreensão, Localização e Comunicação), o guia assegura que qualquer pessoa, independentemente da idade, capacidade física ou condição, possa desfrutar plenamente da experiência jacobeia.
O concelho de Vila Pouca de Aguiar, parceiro do projeto ULTREIA-Sudoe, reforçou o seu compromisso com a inclusão através da inauguração do albergue de Sabroso de Aguiar, que conta com um quarto adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Esta infraestrutura, localizada junto à ciclovia, promove alternativas acessíveis para os peregrinos, permitindo uma etapa mais inclusiva dentro do percurso concelhio (Tourencinho-Sabroso).
O Guia de Boas Práticas de Inclusão está disponível para consulta pública e pode ser um recurso valioso para gestores e operadores turísticos que queiram apelar ou criar experiências mais inclusivas: consulte aqui o guia
Sobre o projeto ULTREIA-Sudoe
Financiado pelo programa europeu Interreg Sudoe, o projeto ULTREIA reúne oito parceiros de Espanha, França e Portugal, com o objetivo de implementar estratégias transnacionais de inclusão em rotas culturais e de peregrinação no sudoeste da Europa. Com um orçamento total de 1.407.300 euros e execução até 2026, esta iniciativa busca transformar o turismo acessível numa ferramenta de valorização do património e de promoção da diversidade e inclusão.
Segundo a AMICA, a publicação deste Guia representa um passo fundamental para que os Caminhos de Santiago, reconhecidos como Rota Cultural do Conselho da Europa e Património Mundial da UNESCO, continuem a ser um exemplo de integração de valores culturais, sociais e espirituais, promovendo a igualdade e a fraternidade.
