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Utilização saudável do telemóvel. Evite danos cerebrais, visuais e dependência

Os smartphones fazem parte da nossa vida, mas sabe qual o efeito que têm no nosso cérebro? E no das crianças? O melhor é mesmo aprender a viver com o telefone de forma saudável

Quase três anos após o início da pandemia de COVID-19, a utilização dos ecrãs aumentou exponencialmente, especialmente entre as crianças. A quantidade média de tempo que estas passam a olhar para os ecrãs aumentou 52% segundo um estudo recente publicado no JAMA Pediatrics. Os portugueses também não estão bem na fotografia. Um estudo da NOVA IMS, diz que mais de 45% dos portugueses passam mais de três horas diárias ao telemóvel em atividades não laborais, além disso um em cada cinco apresenta risco de dependência, sendo esta proporção mais acentuada entre os jovens de 18 a 34 anos, onde se verifica um risco de 38%. Os resultados deste estudo incentivam a um uso mais saudável dos dispositivos móveis, para mitigar os riscos de dependência e promover um equilíbrio entre a vida digital e real.

Os smartphones fazem parte da nossa vida. Precisamos deles para trabalhar e também para o lazer, mas qual o efeito que têm no nosso cérebro? Há já vários estudos que garantem que estes afetam a nossa forma de pensar, embora ainda não existam provas concretas de que estes têm um efeito negativo a longo prazo, porém os investigadores estão preocupados com o facto da utilização excessiva poder ser prejudicial especialmente para as crianças cujo cérebro ainda não está totalmente desenvolvido.

Foto: Freepik

Um estudo publicado no Journal of the Association for Consumer Research revelou que a capacidade cognitiva — processo de aquisição e aplicação do conhecimento através do pensamento, das experiências e dos sentidos — é significativamente reduzida sempre que um smartphone está ao alcance, mesmo quando o telemóvel está desligado. Além disso, pode levar à preguiça mental, uma vez que já não é necessário decorar números de telefone, nem tão pouco necessitar de se orientar na cidade com um mapa, por exemplo, o GPS do seu telefone já faz isso por si.

Outro problema que os investigadores salientam é o reforço positivo, semelhante a um jogo, que as redes sociais dão. Quando alguém publica uma mensagem, o número de gostos funciona como uma espécie de recompensa, podendo inclusive levar a pessoa a alterar as suas opiniões para agradar aquele grupo de “amigos”. O pior é que muitas vezes se cria uma vida fabricada, que não é real. É a melhor versão de si próprio. Utilizam-se as melhores fotos e muitas vezes até se criam pequenos momentos só para transmitir aos outros o quão feliz se é. O que nem sempre corresponde à realidade.

A utilização de smartphones também aumentou o número de crianças com miopia — doença ocular em que as pessoas veem os objetos ao perto, mas as coisas ao longe ficam desfocadas — como as crianças ficam fixadas a olhar para o telefone em curtas distâncias, essa acomodação constante pode levar ao alongamento do globo ocular, causando miopia ou agravando-a. Um estudo publicado na revista Ophthalmology afirma que este fenómeno pode ocorrer.  Além disso, prejudicam as competências sociais porque quanto mais tempo se passa a olhar para um ecrã, menos tempo se passa a interagir com os outros. Esta falta de interação pode conduzir à depressão e ansiedade

Os potenciais perigos associados ao uso excessivo de telemóveis incluem:

‍● Aquecimento dos tecidos: A energia de radiofrequência pode aquecer o tecido do corpo e ir danificando as delicadas estruturas neurais.

● Aumento do risco de tumores: Alguns estudos sugerem que a exposição à RF-EMF — campos de radiofrequência ou campos eletromagnéticos, — pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores cerebrais.

● Declínio cognitivo: A exposição prolongada à RF-EMF também pode levar a deficiências cognitivas subtis, como diminuição da capacidade de atenção e memória.

● Depressão e Ansiedade.

● Dependência do smartphone.

● Isolamento social.

● Necessidade de recompensa e criação de uma vida “perfeita” que não existe.

● Aumento da miopia em crianças e adolescentes.

Como se defender do seu telemóvel?

● Orelhas alternadas: vá alternando entre a orelha direita e a esquerda ao atender chamadas.

● Utilize colunas ou auscultadores: Uma abordagem mãos-livres ajudará a reduzir a exposição direta aos RF-EMFs.

● Reduza a duração das chamadas: Mantenha as suas conversas telefónicas curtas para reduzir a exposição global à radiação.

● Verifique a SAR do seu aparelho: Todos os telemóveis têm um valor de Taxa de Absorção Específica (SAR). Valores SAR mais baixos significam menos exposição a RF-EMF.

● Mantenha-se informado: Esteja atento às novas investigações sobre a radiação dos telemóveis e a saúde do cérebro. A tecnologia e as normas de segurança estão em constante evolução.

● Cumpre a regra 20-20-20, que recomenda que, a cada 20 minutos do uso de um ecrã, as pessoas olhem para algo distante (seis metros) ou olhe para cima durante 20 segundos. Isto relaxa os olhos.

● Crie horas livres do telefone.

● Leia um livro, vá ao ginásio, ou faça uma caminhada. Ter um animal de estimação ajuda.

● No caso dos ecrãs dos computadores deve fazer a chamada higiene do ecrã, ou seja, mantenha os suportes digitais a uma distância minimia de 18 cm a 25 centímetros do seu rosto.

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